domingo, 27 de fevereiro de 2011

mezio

mezio

mezio

No Mezio funciona aquela que é provavelmente a mais interessante cooperativa de artesãos do nosso país, a Associação Etnográfica do Montemuro. Por cima da loja fica o museu etnográfico, onde cada peça está legendada com o seu nome local (bem, tirando o triste neologismo trapologia que ainda estou para saber quem foi que inventou). Ou a região de Castro Daire é especialmente rica em tradições têxteis ou nenhuma outra das que visitei até hoje fez tão bem o respectivo levantamento. Percebi como se fazia a torcida dos fios fiados em casa (lá diz-se ugar os fios e torcê-los no fuso-parafuso), vi baralhos de agulhas de tricot talhadas em madeira de urze, meias especiais sobre as quais vou escrever mais a sério em breve e uma técnica de fazer mantas ou tapetes de malha com trapinhos pelo meio que pensava só existir no Algarve. Isto para não falar no ponto de crochet quebra-cabeças que ainda não consegui deslindar nem encontrar referido em lado nenhum, nas pulseiras e tigelas de tricot, nas colchas de puxados, nos naperons de papel recortado, nos alforges e nos tamancos de madeira e burel…

mezio

palhoça

mezio

Nenhum comentário:

Postar um comentário